O Agrupamento de Escolas de Porto de Mós criou o projeto “Dançando crio um Mundo” com o intuito de fomentar a inclusão em várias escolas. A iniciativa está integrada no Plano Nacional das Artes e termina esta sexta-feira com uma conferência em Mira de Aire.
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“O nosso agrupamento é muito grande e tem alguns alunos com diferentes condições. Pensámos que, realmente, isto seria uma forma interessante de os juntar com alunos que não tenham qualquer deficiência e juntos fazermos qualquer coisa engraçada”, começa por dizer a coordenadora do Plano Nacional das Artes daquele agrupamento ao REGIÃO DE CISTER. Graça Manaia explicou também detalhadamente como está a decorrer a atividade.
“Dançando crio um Mundo” está dividido em três momentos. O primeiro é designado por “Coro da Mudança”, uma residência artística de dança inclusiva em que os professores Diogo Peres e João Azevedo, com ajuda de Carla Guerra, estão a preparar uma coreografia, envolvendo cerca de 20 alunos dos 3.º e 4.º anos do Centro Escolar de Porto de Mós. O segundo ponto do projeto decorre na Escola Secundária de Poro de Mós e é constituído pelo momento “1 = 1”, oficina em que “um aluno com deficiências vai estar com um aluno ou um professor/auxiliar “, numa atividade em que pretende fomentar a expressão através das danças independentemente das condicionantes, criando “uma dinâmica inclusiva” entre os alunos.
Com uma duração máxima de quatro horas, divididas em dois dias, a atividade junta 16 pessoas (oito pares). O terceiro momento consiste numa conferência de 90 minutos, denominada “Transbordando o meu corpo”, aberta a todos os alunos do 3.º ciclo e secundário da Escola Secundária de Mira de Aire, que apresentará aos presentes “as palavras, as emoções e as histórias de vida são transformadas numa conversa franca e direta na primeira pessoa”. As danças ensaiadas no âmbito das duas atividades anteriores serão também exibidas em Mira de Aire pelos protagonistas do projeto, no momento desta palestra, que decorre na Casa da Cultura de Mira de Aire.
Estas iniciativas são práticas comuns no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, de acordo com Graça Manaia. “Temos muita educação inclusiva, integrada na filosofia das próprias escolas, e mesmo os alunos que têm deficiência, estou a falar mesmo daqueles meninos que estão numa cadeira de rodas e não falam, mesmo eles estão incluídos em turmas e têm atividades com as outras crianças”, esclarece a também professora de Artes.
Uma vez mais, e tal como tem acontecido em vários agrupamentos da chamada região de Cister, os bons exemplos vêm das crianças que mostram, com pequenos gestos, o verdadeiro significado de inclusão.