Fernando Ribeiro estudou Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa. Publicou três livros de poesia, Como Escavar um Abismo (2001), As Feridas Essenciais (2004), e o Diálogo de Vultos (2007). Escreveu ainda o livro em prosa, Senhora Vingança (2011).
Participou também no projecto "A Sombra Sobre Lisboa - Contos Lovecraftianos na cidade das sete colinas". Uma obra literária que conta com vários autores e que invoca os mundos de Lovecraft adaptados à cidade de Lisboa.
Escreveu as introduções para Os Melhores Contos de Howard Phillips Lovecraft, editado em 2005, e traduziu para português a biografia em BD Lovecraft.
Escreveu, também e regularmente, para a revista de metal portuguesa LOUD! na coluna mensal intitulada The Eternal Spectator, é também vocalista da banda Moonspell.
Quem é quem?
Quem é Portugal?
Quem somos nós?
Um dia, tentei explicar isto mesmo a uma amiga brasileira “tens de ver que o português quer, mas não quer, gosta mas não gosta, aceita mas reprova…” Ela ficou confusa, mas eu, eu nasci confuso e assim se contam décadas e décadas a tentar perceber quem somos, desde Pessoa, o poeta, ao José...
Houve Sol em fevereiro e, tal como os caracóis, os Porsches de Alcobaça meteram os corninhos ao Sol. Houve também Carnaval, uma ocasião especial em que a cidade ressuscita no Rossio e na tenda. Eu nem ando de Porsche, nem fui jogar ao Carnaval, mas vou sempre à rua pela hora de almoço, ou porque me despacho do trabalho...
Glamour? É uma palavra que está em voga em Alcobaça, mas não pelas melhores razões. Uma das coisas que tem desaparecido da cidade é exatamente esse “glamour” que, em tempos a destacava, incontestável no Oeste. Desde as romarias intemporais ao Mosteiro; até aos loucos anos 90, com o caminho a indicar a noite de Alcobaça para o Bar Ben...
Quem faz o Natal para todos nós? São os amigos. Era assim o refrão de um dos temas que mais rodava na minha casa, na véspera de Natal. Com letra de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa, era interpretado pelos Operários do Natal e falava da importância do trabalho. A esse tema juntava-se, na contagem decrescente para abrir as...
Estou, mesmo agora, agorinha, na livraria A-das-Artes, em Sines pela morrinha da tarde, a aproveitar o Sol desta cidade de que tanto se tem falado ultimamente, nem sempre pelas suas melhores razões. A ocasião é muito boa já que tenho muita história pessoal com a terra-mãe de Vasco da Gama. Esta é mais uma data na minha digressão a...
Chegou finalmente o Outono.
Sem tempo para saudades do Verão, pois ainda há duas semanas, o Sol baixo a 30 graus nos queimava a moleirinha. É agora o tempo da pluviofilia, a estação dos que, tal como eu, amam a chuva e o sossego molhado que ela nos traz.
Há melancolia nas gotas descendo o vidro das janelas, encanto no...
Uma das frases mais batidas do capitalismo que nos une e tanto nos separa é: “não há almoços grátis”. E tem sido esse o grande mote da governação “socialista” que, por artes mágicas, parece que dá quando, na verdade, tira. Caso flagrante desta vil tendência são os livros “gratuitos” escolares.
É verdade que para muitas famílias veio, e como, aliviar...
Um homem muito sábio, filho ilustre desta terra, disse-me uma vez: Alcobaça é mais madrasta que madrinha.
Eu, não sendo filho desta linda terra (como fizeram questão de me repetir), não sei se, para mim isso configura verdade.
Sei que para outras pessoas o é. Já o li, já o ouvi e já o presenciei ao vivo.
Mas não se inquietem. Estar...