Sexta-feira, Abril 26, 2024
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Andebol: Paixão une mãe e filha

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“Mãe, passa a bola” ou “Filha, faz o golo” são frases que, à partida, se ouvem nas bancadas, mas dentro das quatro linhas é pouco comum acontecer. Cláudia e Carolina Lucas, mãe e filha, quebram essa regra, jogando lado a lado no Cister SA, clube alcobacense na 2.ª Divisão nacional.

“Mãe, passa a bola” ou “Filha, faz o golo” são frases que, à partida, se ouvem nas bancadas, mas dentro das quatro linhas é pouco comum acontecer. Cláudia e Carolina Lucas, mãe e filha, quebram essa regra, jogando lado a lado no Cister SA, clube alcobacense na 2.ª Divisão nacional.

Carolina Lucas, de 17 anos, já era peça importante na manobra da equipa feminina do Cister SA, mas esta época viu a mãe, de 46 anos, juntar-se ao plantel. “Sentia que a minha mãe ainda nos podia ajudar e sempre foi um sonho jogarmos lado a lado”, revela a jovem ao REGIÃO DE CISTER. 

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Cláudia Lucas deixou a carreira de jogadora em 2005 e durante os últimos 15 anos dedicou-se às funções de treinadora. Esta época orienta os bambis, mas nos últimos meses o “bichinho” da competição voltou a apoderar-se da alcobacense: “A minha amiga Sandra Machado, antiga colega de equipa, dizia-me que ainda tínhamos capacidade para voltar a jogar federadas e ter a minha filha a pedir que voltasse a jogar também foi fundamental para que não conseguisse dizer que não”, nota Cagi, como é conhecida no mundo do andebol.

E como é jogar com a mãe na mesma equipa? “É muito bom, mas no balneário tentamos ser apenas colegas”, nota Carolina, acrescentando que é complicado chamar a mãe pelo nome. “Já tentei, mas não consigo”, confessa a jovem que é uma das melhores marcadoras da equipa.

Já para Cláudia Lucas é um pouco mais difícil fazer a distinção. “No início tive de conseguir separar as duas coisas em ritmo de competição, mas com o tempo também aprendi a fazê-lo”, assevera a ex-internacional, salientando que o facto de jogar com a filha tornou a relação de ambas mais forte.

“Já éramos muito próximas, mas o facto de jogarmos juntas aproximou-nos ainda mais”, refere a veterana da equipa, irmã de João Lucas, antigo futebolista alcobacense que se destacou ao serviço da Académica e Boavista, falecido em 2015.

Apesar de tentarem separar a relação familiar que as une, as jogadoras confessam que é difícil lidar quando uma das duas sofre uma falta mais dura. “A Carolina é mais impulsiva e ninguém me pode tocar de forma mais agressiva”, graceja a mãe, para quem os momentos bons se tornam ainda mais memoráveis por serem partilhados com a filha.

“Cada vitória, boa jogada ou golo é ainda melhor e viver esses momentos ao lado da minha mãe é um orgulho”, assevera Carolina, que no jogo de estreia da mãe marcou 7 golos e viu a progenitora somar 2 golos.

Esta temporada, a turma orientada por Abel Ferreira leva cinco triunfos em igual número de jogos e na meta está o apuramento para a 2.ª fase, mas para mãe e filha há um sonho ainda maior. “Conseguirmos festejar a subida à 1.ª Divisão nacional seria fantástico”, diz Carolina, que não esconde o desejo de conseguir fazer um “aéreo” com a mãe. “Já estivemos perto de o concretizar”, acrescenta.

Se as alcobacenses mantiverem o ciclo de bons resultados, não será de admirar que no fim da temporada Cláudia e Carolina Lucas estejam no mesmo balneário a festejar uma subida que conseguiram lado a lado. E quem sabe com direito a um aéreo entre… mãe e filha.

Cláudia e Carolina já jogaram pelas seleções jovens

Diz-se na giria popular que “filho de peixe sabe nadar” e o provérbio adequa-se na perfeição a Cláudia e Carolina Lucas. Mãe e filha têm muitos anos de “casa” no Cister SA e pelo clube já chegaram às seleções nacionais jovens, num restrito leque de atletas que o conseguiram a vestir de amarelo e azul.

Além do Cister, Cláudia Lucas jogou ainda pelo Porto Salvo e brilhou nas areias. Já Carolina Lucas apenas representou o Cister no andebol indoor, pelo qual foi chamada à Seleção Nacional de iniciadas, e no andebol de praia já conseguiu vários títulos, tendo representado a equipa das quinas no Europeu de 2019.

De facto, não restam dúvidas de que o talento é de família e, neste caso, passou de mãe para filha.

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