A artista Natacha Costa Pereira quis prestar uma homenagem ao alcobacense e amigo David Clifford, que faleceu há um mês, com uma representação visual do fotógrafo na fachada de um edifício devoluto na Rua Miguel Bombarda, em Alcobaça.
A artista Natacha Costa Pereira quis prestar uma homenagem ao alcobacense e amigo David Clifford, que faleceu há um mês, com uma representação visual do fotógrafo na fachada de um edifício devoluto na Rua Miguel Bombarda, em Alcobaça.
Na pintura, intitulada “Dave” e que foi realizada no âmbito do Rabiscuits – Bienal de Arte Experimental, que decorre entre amanhã e no próximo domingo na cidade, há duas sombras do fotojornalista, com a máquina fotográfica em punho. “Achei que não podia fazer outra coisa que não fosse homenagear o meu amigo Dave”, adianta Natacha Costa Pereira, também colaboradora do REGIÃO DE CISTER.
Naquele espaço, onde funcionou em tempos uma barbearia, a memória de “Dave”, como era conhecido entre familiares e amigos, ficará eternizada. “São duas sombras dele. É como se ele estivesse ainda connosco. E de facto, assim pintado, estará presente enquanto o tempo deixar e mesmo que o tempo o apague, arranjarei forma de o perpetuar noutro lado qualquer”, sublinha a artista. “Quis primeiro que tudo homenageá-lo e depois dizer-lhe e a toda a gente, amigos e família, que nunca o esquecerei e sobretudo agradecer-lhe a pessoa que foi“, acrescenta Natacha Costa Pereira.
De recordar que já há dois anos, também a propósito do Rabiscuits, a artista tinha dado uma nova “vida” à praça que fica ao lado da estação dos CTT da cidade, batizando-a como “Beco da Paixão Assolapada”. “Gosto de embelezar as nossas ruas”, brinca a alcobacense. “Nessa altura, um dos proprietários veio-me dizer que se eu quisesse um dia voltar a dar vida a um edifício dele podia pintar aquela fachada, onde agora homenageei o Dave”, explica a alcobacense, que vai colocar uma placa no local, onde se pode ler “David Clifford: friend & photographer. 1974 – ∞”. “Fiz este trabalho com todo o amor do mundo para ver se conseguimos todos suportar um bocadinho mais facilmente a sua ausência”, diz Natacha, com um breve sorriso.