Esta coluna chama-se “responsabilidade social”. Neste título cabem muitas definições que, por natureza, são o contraponto dos nossos direitos enquanto cidadãos. Algumas são óbvias, embora, na maioria dos casos, seja necessário transformar responsabilidades em obrigações para que sejam respeitadas. Os impostos, por exemplo. Devemos pagá-los, mas poucos o fariam se não fossem obrigatórios. E, no entanto, todos sabemos que é dessa nossa contribuição que resultam as verbas que permitem criar e manter os equipamentos e os serviços de utilidade pública. Desde os mais básicos, como a saúde, a educação ou o sistema de segurança social, até aqueles que, de tão presentes, nem nos lembramos de valorizar, como a rede viária, o saneamento, a cultura ou a segurança.
Mas a nossa responsabilidade social não se esgota nos nossos deveres para com o Estado. A nossa responsabilidade individual exprime-se sob múltiplas formas. Determina a forma como cuidamos, por exemplo, da nossa saúde. Sempre que não cumprimos um conselho médico, estamos a ser negligentes connosco e com os outros, porque o nosso desleixo vai implicar sofrimento aos que nos querem e custos acrescidos para a saúde.
A nossa responsabilidade individual exprime-se sob múltiplas formas. Determina a forma como cuidamos, por exemplo, da nossa saúde.
Quando não estudamos porque temos mais que fazer e chumbamos um ano, estamos a consumir recursos de educação que poderiam ser empregues a ajudar quem precisa de um apoio extra. Quando deitamos uma garrafa pela janela fora numa estrada, estamos a poluir o que é de todos e quando nos abstemos de manter caiadas as paredes do nosso muro, estamos a tornar mais feia a nossa terra e, portanto, a desvalorizar o património coletivo.
Ser responsável dá, portanto, muito trabalho. Desde logo, implica um esforço de reflexão individual. Obriga-nos a olhar para nós e para o que nos rodeia e analisar, todos os dias, o que poderemos fazer para melhorar.
Melhorar a nossa casa, a nossa rua, a nossa terra, o nosso País e apoiar quem os habita, sejam pessoas ou animais, familiares ou ilustres desconhecidos que vêm de longe.