Quarta-feira, Março 26, 2025
Quarta-feira, Março 26, 2025

O gosto pelas pedras

Data:

Partilhar artigo:

Sempre gostei de pedras. Sejam as da Serra dos Candeeiros, que calcorreei vezes sem conta em intermináveis passeios com o meu avô, sejam as pedras assinadas do nosso Mosteiro.

As pedras contam-nos muitas histórias, falam-nos de um passado com muitas idades. Fomos civilizados, deixámos de ser e voltamos a sê-lo… vezes sem conta. E de todas as vezes que assim foi, deixámos gravados na pedra os vestígios da nossa brutalidade ou da nossa grandeza.

Mas as pedras não têm só esse dom de nos falar do passado. Também nos definem no presente e são uma promessa de futuro. Para que as possamos interpretar e aprender com elas, devemos respeitá-las, garantir-lhes a perenidade e, se possível, acrescentá-las.

Região de Cister - Assine Já!

O Mosteiro de Cós é um exemplo deste sortilégio das pedras. Não sou historiadora, mas sei que a sua origem se situa pelo século XIII, que foi ampliado pelo XVII e ornamentado mais tarde. Sabemos que foi depois destruído, esventrado, espoliado. Em boa hora se promete agora um novo recomeço, com obras para o futuro.

Em Alcobaça também. O nosso Mosteiro exibe nas suas pedras as marcas de várias épocas, de diferentes estéticas e possibilidades do reino e do clero e também ali a promessa de um claustro renovado traz bons augúrios.

No futuro, quando se olhar o nosso tempo, que dirão de nós as pedras que agora nos contemplam?

AD Footer
Artigo anterior
Próximo artigo

Artigos Relacionados

Nazaré recomenda ao Governo intervenção no molhe norte

O executivo camarário da Nazaré aprovou, na passada segunda-feira, uma recomendação ao Governo que intervenha no molhe norte...

Região figura no top 10 distrital na reciclagem

Os concelhos de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós foram os 5.º, 7.º e 9.º municípios do distrito,...

Património local (r)elevado na Assembleia da República

O repto de levar o melhor de Alcobaça à Assembleia da República tinha sido lançado pelo presidente do...

Um trabalho invisível e essencial e à preservação do ambiente

O trabalho desenvolvido diariamente na Fábrica da Água, em São Martinho do Porto, é um trabalho invisível à...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!