Um grupo de amigos de Alcobaça aventurou-se a fazer o percurso do Rio Alcoa entre Chiqueda e a Nazaré de… barco a remos.
Um grupo de amigos de Alcobaça aventurou-se a fazer o percurso do Rio Alcoa entre Chiqueda e a Nazaré de… barco a remos.
Como todas as aventuras, a ideia de fazer a descida do Alcoa de barco surgiu quase por acaso, uma semana antes do percurso, que decorreu no primeiro fim de semana de maio. “Ainda ponderámos a hipótese de fazer o trajeto em canoas mas depois optámos pelo barco”, conta Henrique Comprido, afirmando não ter conhecimento de nenhuma outra travessia do rio. “Pelo menos nas últimas décadas, não há registo de nenhuma descida do Alcoa com recurso a barco a remos”, nota.
O que começou por ser uma aventura de um grupo de amigos, depressa se tornou numa “visita de estudo”. Durante o passeio, Henrique Comprido, Pedro Bajouco, João Costa e João Bajouco aperceberam-se, rapidamente, do “potencial turístico do rio”. “Temos um rio que atravessa a cidade, num percurso muito bonito, penso que só temos de o aproveitar”, defende Henrique Comprido. No entanto, o aventureiro alerta para os elevados níveis de poluição e deposição de lixo no curso de água: “é alarmante que ainda haja esgotos a desaguar no rio”.
A parte mais difícil do percurso aconteceu entre Chiqueda e o Parque Verde e na Fervença, junto à antiga Companhia Fiação e Tecidos, onde foi preciso “cortar vários braços de árvores caídos sobre o leito do rio e, mesmo, ter de deslocar o barco a braços nas margens do rio”.
No total, entre Chiqueda e o dique em Valado dos Frades, o grupo de amigos precisou de 6:30 horas para fazer a travessia. É necessária “muita limpeza e manutenção”, mas o grupo de aventureiros acredita no potencial do percurso e já fez chegar as conclusões da aventura aos poderes autárquicos para “conseguir atrair mais gente à cidade”.