Há uns quatro anos que dá pelo nome de Nelson Market o espaço que, há mais de 50 anos, já foi loja de roupa e de tecidos, calçado, armeiro, talho, espingardaria, café e mercearia.
Há uns quatro anos que dá pelo nome de Nelson Market o espaço que, há mais de 50 anos, já foi loja de roupa e de tecidos, calçado, armeiro, talho, espingardaria, café e mercearia. Mudam-se os tempos, mas o apelido mantém-se. Foram os avós paternos de Nelson Figueiredo, que hoje mantém o negócio de família aberto como supermercado, que deram início a esta “Casa com História”, localizada no centro de Carris, na freguesia de Évora de Alcobaça.
Com estacionamento à porta, a promessa, estampada na porta, é que aquele supermercado é mais perto, mais económico e mais qualidade. As prateleiras e os móveis dispostos no espaço bem amplo têm de tudo um pouco: artigos de mercearia, rações para animais, fruta, produtos de bricolage, bebidas, pão fresco, fruta… “Temos de ter diversidade e quando não temos o que o cliente quer ou procura tento arranjar um dia ou dois dias depois”, afiança o homem que faz as encomendas, trata da papelada, atende os clientes e, ao mesmo tempo, ainda conversa com o REGIÃO DE CISTER. Perto da caixa de pagamento, também há raspadinhas e o serviço payshop. Lá fora ainda há botijas de gás de três marcas. “Se as pessoas tiverem aqui tudo o que procuram e precisam não têm necessidade de sair, até porque muitas nem têm como se deslocar”, nota Nelson Figueiredo, que é o atual rosto daquela casa com mais de meio século de atividade. A expressão “Vamos ao Nelson” justifica a proximidade, mas ainda há quem diga “vamos ao Zé Borracho”, que era a alcunha do pai de Nelson.
Antes de ser designado por Nelson Market, já era supermercado mas mais pequeno. Antes disso, havia o café e o mini-mercado, que os pais de Nelson Figueiredo geriram durante muitos anos. Em 2005, quando o filho agarrou o negócio de José Figueiredo e Joaquina Augusto “acabou com o café” para se dedicar apenas ao supermercado. “Pensava que não ia correr tão bem, mas afinal não tem corrido mal”, admite o empresário.
Os clientes são variados, tanto aparece “a senhora de mais idade para fazer as compras diárias”, como “o jovem que precisa de algo rápido e barato”. São, principalmente, dos Carris, mas também entram naquele supermercado clientes de localidades vizinhas. Todos conhecem o Nelson e o Nelson conhece-os a todos ou quase todos. “É um meio pequeno. Vim para aqui quando tinha uns 12 anos e passei aqui os meus dias. Ainda hoje esta é quase a minha casa. Até no dia de Natal e no dia de Ano Novo abro a porta”, conta o responsável pelo espaço comercial, que emprega uma funcionária a tempo parcial.
As promoções não são frequentes, o costume é falar dos assuntos das “coscuvilhices” e do que é bom ou não para a saúde. “Precisava de mais umas coisitas, mas já não tenho tempo. Volto cá amanhã”, despede-se uma cliente, enquanto passa pela sinalética onde se lê “Volte mais”.