A nova ala residencial na Misericórdia de Alfeizerão deverá ser inaugurada apenas em novembro, ao contrário do inicialmente previsto. As obras deveriam estar prontas em agosto, mas o processo arrastou-se. Em causa estão alterações ao projeto.
A nova ala residencial na Misericórdia de Alfeizerão deverá ser inaugurada apenas em novembro, ao contrário do inicialmente previsto. As obras deveriam estar prontas em agosto, mas o processo arrastou-se. Em causa estão alterações ao projeto.
“Na origem dos atrasos estão alterações do projeto inicial apontadas pela empresa responsável pela obra”, revela José Castro, provedor da instituição.
“Vamos reunir para analisar com cautela estas alterações propostas, uma vez que existem datas a cumprir e a alteração coloca em causa vários aspetos da instituição”, sublinha. De acordo com José Castro, “é impossível controlar a 100% estas situações, mas as responsabilidades não podem ser negligenciadas e o importante agora é reunir com a empresa de construção e tentar solucionar da melhor forma o constrangimento”.
O provedor da Misericórdia de Alfeizerão está confiante que a situação poderá ser resolvida no espaço máximo de mês e meio, evitando deste modo “colocar em causa a sustentabilidade financeira e humana da instituição”. A Misericórdia de Alfeizerão enfrenta também dificuldades no recrutamento de técnicos e, segundo José Castro “está em análise a contratação de funcionários de origem de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa”. “Uma vez que a instituição está inserida numa zona balnear, há muita gente que opta por trabalhos sazonais. A contratação tem sido um problema geral nas Misericórdias, mas no nosso caso agrava-se por este fator”, sublinha.
Com o intuito de ultrapassar alguns dos constrangimentos atuais e “avançar na medida do possível”, a Misericórdia já avançou com a análise da lista de espera de utentes, para verificar disponibilidades e interesse em adquirir uma vaga. “Temos uma longa lista de idosos que aguardam vaga e até à inauguração vamos contactar as famílias para preencher as vagas e estar aptos a funcionar por completo assim que possível”, assegura José Castro.
Inaugurada em abril de 2013, num investimento que rondou os 2 milhões de euros, a atual infraestrutura está preparada para dar resposta a utentes da Estrutura Residencial, do Centro de Dia e do Serviço de Apoio Domiciliário. Além disso, a instituição tem uma resposta social única no distrito de Leiria e o Centro de Acolhimento de Emergência Social (CAES) está aberto 24 horas por dia, 365 dias por ano acolhendo maioritariamente desalojados económicos e sociais e sem abrigos.
A Misericórdia de Alfeizerão apoia também refugiados, ao abrigo do Programa de Acolhimento de Refugiados da União das Misericórdias Portuguesas, e famílias residentes na freguesia de Alfeizerão em situação de carência económica.