Na maré de hoje trago-vos a “capacidade de nos elevarmos enquanto pessoas”. Já abordei aqui diversas temáticas que fundamentam os processos de mudança inerentes à jornada da “transformação” da saúde mental e física.Sabemos que é urgente que sejamos mais sustentáveis em todos os setores das nossas vidas; temos noção que a vida contemporânea reúne todas as condições para que façamos as melhores escolhas, mas, porém, a solicitação vertiginosa dos novos tempos conspira, muitas vezes, contra nós.
Nesses momentos constatamos que a saúde física e mental é quase sempre negligenciada. A “vida vai acontecendo” e vamos permitindo posturas que nos adoecem, física e mentalmente.
A mudança impõe-se nestes momentos. Por vezes até parece impossível mudar; mas isso acontece unicamente até “ser feito”! Antes da decisão que nos leva a executar a “mudança” existe um mecanismo interno que se aciona designado por gatilho mental/emocional. O contexto em que este gatilho se aciona é determinante para o sucesso do processo.
Vou partilhar convosco um pouco da minha experiência pessoal: o contexto emocional em que se recebi a notícia do diagnóstico, diagnóstico esse que mais tarde acionaria o “gatilho mental” do meu processo de mudança, não foi, de todo, o melhor! Estava já emocionalmente num lugar muito pouco iluminado! Durante um ano e meio tinha perdido o norte a mim própria. A mudança abrupta de enquadramento profissional e a chegada do primeiro filho abateu-se. Sempre me preocupei em praticar escolhas alimentares equilibradas e em incluir sempre que possível o movimento na rotina diária; porém, nesta fase, tudo saiu dos eixos.
O quadro não podia ser pior: corrida emocional ao alimento secundário industrializado + modus operandi sedentário = combinação fatal: um estado de espírito pré-depressivo e mais de 20kg de peso físico extra. No meio deste cenário, o diagnóstico do meu filho colocou-me pela primeira vez perante a minha mortalidade. O que à partida parecia o “fim”, tornou-se num começo. O começo da mudança! Transformou-se num “lifesaver”. Iniciei a caminhada a passo largo. Porém, a cada um destes passos, uma nova aprendizagem acontecia. Parecia IMPOSSÍVEL inverter toda aquela dor… até começar a “fazer diferente”.
Observei a beleza colateral e investi na mudança. Durante dois anos estudei, trabalhei duro e transformei-me física, mental e emocionalmente. Desde então, foram mais 5 anos de investimento na formação certificada, no autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Após todo esse processo digo-te HOJE com TODA A CERTEZA, citando o grande Nelson Mandela: Tudo parece impossível, até ser feito! A capacidade de reinvenção está ao alcance de todos nós; a capacidade de “voar alto” e sair deste “plano de consciência”. A capacidade de nos “elevarmos” enquanto pessoas, e tornarmo-nos melhores, é possível. Basta nunca duvidar e ainda que se fraqueje, nunca deixar de acreditar.