Não tem sido um processo fácil, uma vez que se tem arrastado no tempo, com vários avanços e recuos, mas as obras do Museu da Rádio e das Máquinas Falantes, na Rua Araújo Guimarães, na cidade de Alcobaça, poderão, dentro em breve, ficar definitivamente concluídas.
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A garantia foi dada pelo presidente da Câmara de Alcobaça, em declarações prestadas aos jornalistas na passada semana, à margem da inauguração do Balcão Único do Prédio. Na ocasião, o chefe do executivo municipal justificou os sucessivos atrasos que se têm verificado na construção do museu, mas deixou a garantia de que o mesmo será uma realidade num futuro próximo. Num investimento que, refere, rondará os 400 mil euros.
“Não tenho ainda a resposta definitiva dos serviços sobre se é mais um mês ou menos um mês, mas espero que brevemente possamos abrir o Museu da Rádio. A obra tem sido complicada, afinal, saímos de uma pandemia de dois anos e iniciou-se logo de seguida uma guerra. Mas o Museu da Rádio vai ser uma realidade muito brevemente. Trata-se de um espaço cultural do concelho que tanto necessitamos e será algo inovador para toda a comunidade. O investimento vai rondar os 400 mil euros e terá algum financiamento de fundos comunitários”, sublinhou Hermínio Rodrigues.
O social-democrata aproveitou ainda para levantar a ponta do véu sobre o interior do espaço, reforçando a ideia de que Alcobaça poderá, também aqui, primar pela diferença: “Não é muito habitual vermos um museu da rádio e, nesse sentido, teremos um espaço com muitas peças que poderão ser apreciadas por todos os seus visitantes”.
Segundo a ideia que está concebida para o Museu da Rádio e das Máquinas Falantes de Alcobaça, estarão reunidas no espaço mais de 5 mil peças que remontam aos séculos XIX e XX, sendo que a diversidade será de tal ordem que não cingirá a exposição apenas a aparelhos radiofónicos domésticos. O objetivo passa, claro está, por potenciar ao máximo as peças existentes e que, dessa forma, depois de expostas, poderão ser devidamente apreciadas pelos visitantes do espaço.
Depois de concluídas as obras de construção do museu, Alcobaça ficará com mais um polo de atração turístico que, no entender do chefe do executivo municipal, é “fulcral para o concelho”.
“Queremos que Alcobaça seja uma cidade de pernoita e não apenas de passagem e de passeio. Para isso, temos de ter cada vez mais monumentos para serem visitados. Nesse sentido, e consoante o tipo de visitas que são feitas aos espaços de que dispomos, temos de ter circuitos específicos para os visitantes. Estamos a trabalhar para isso, porque além dos espaços culturais, temos também os espaços naturais, com praias lindíssimas. Temos de trabalhar em parceria com a hotelaria para a criação desses circuitos, isso é absolutamente fundamental”, concluiu Hermínio Rodrigues.