É no número 14 da Rua Dr. Brilhante, em pleno centro de Alcobaça, que Teresa Elias “distribui” diariamente sorrisos a quem por ali passa. O espaço comercial, aberto há mais de meio século, esteve, durante muito tempo, ligado ao ramo dos plásticos, do vidro e dos alumínios, mas desde 2008 que, já sob a sua gerência, a Loja D. Inês passou a ser… quase tudo.
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A ideia principal da atividade centra-se na papelaria e na tabacaria, mas a verdade é que daquela porta para dentro há uma imensidão de produtos. Porque por muito que o espaço seja pequeno, há sempre um “buraco” para colocar mais alguma coisa nas prateleiras.
Os clientes, muitos deles quase desde a abertura do espaço, sabem ao que vão. Assim como também sabem que, esteja o dia como estiver, da Loja D. Inês regressarão sempre mais bem-dispostos. É que Teresa Elias não poupa nos sorrisos. Basta estar lá dentro durante uns breves minutos para se perceber que a sua alegria é contagiante.
“É uma maneira de estar. Afinal, não vale a pena ser de outra forma. Até porque, nesta casa, o ambiente é quase como se fosse familiar. Há clientes que vêm aqui praticamente desde o primeiro dia e criámos sempre laços que, em resumo, são muito gratificantes”, assume ao REGIÃO DE CISTER.
O gosto por este setor de atividade já vem de há muitos anos. Foi empregada de outros espaços e, dessa forma, ganhou o “bichinho” pela profissão. Quando, há cerca de 14 anos, decidiu abrir o seu próprio negócio, não hesitou no nome a dar à casa: Loja da D. Inês.
“É uma forma de recordar e homenagear Inês de Castro, figura marcante de toda a história de Alcobaça”, reconhece Teresa Elias, por entre a venda de mais um jornal, uma raspadinha ou um maço de tabaco.
Sendo que, acrescente-se, como ali há de tudo, pode adquirir-se uma saqueta de cromos para uma qualquer caderneta, um utensílio para casa, enfim… É escolher. E, neste entretanto, sai mais um café. Sim, porque a tabacaria vende mais de uma centena de cafés por dia. “É o melhor café de Alcobaça”, graceja a empresária. Mas não será, de facto, por acaso que tanta gente ali vá beber café diariamente, mesmo que o espaço não tenha qualquer cadeira ou mesa para os clientes. Ainda para mais com outros estabelecimentos comerciais ali tão perto…
E o negócio corre mesmo sobre rodas. “Estou muito satisfeita com a aposta que fiz. Tenho sido feliz aqui e isso é mesmo o mais importante. O sorriso no rosto? É absolutamente fundamental no pequeno comércio. É também uma grande parte do sucesso, nomeadamente na tal ligação com as pessoas”, confessa.
O futuro do negócio parece estar assegurado e… a dobrar: “Há dois anos decidi ficar com o Quisque D. Inês, ao lado da Câmara de Alcobaça. Está lá a minha filha, Sara, que tem tudo para continuar no ramo quando eu me reformar”, graceja, orgulhosa da herdeira.