O restaurante “Terruja” abriu oficialmente ao público no passado dia 29 de dezembro, depois de duas semanas a funcionar em “soft opening”. O estabelecimento localiza-se no alojamento “The Nest by Cooking and Nature”, envolto pela Serra de Aire e Candeeiros, em Alvados.
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Com um nome proveniente do calão do negociante mirense, o “Terruja” tem como principal premissa valorizar produtores, artesãos e ceramistas locais em todos os detalhes que envolvem o conceito do restaurante, desde os produtos escolhidos para a confeção dos pratos, até ao próprio serviço de louça que é utilizado. “Foi criado um conceito muito menos urbano, inspirado na natureza onde o estabelecimento está inserido, bem como na calma que ela transmite e nos sabores que proporciona”, descreve o chef responsável pelo espaço.
Quanto ao menu, além das iguarias locais, é também privilegiada a sazonalidade, pelo que, todos os pratos variam de acordo com a estação do ano. Foram também recuperadas e reinventadas algumas receitas antigas, um processo que ainda decorre, pois é necessário “absorver as ideias para as adaptar”. No atual cardápio constam algumas destas adaptações, como a Tartelete Recheada com Coelho à Caçador e Saladinha de Ervas e o Tártaro de Veado, alho assado e gelado de mostarda, duas receitas que, de acordo com Diogo Caetano, “são inspiradas na caça e na flora, muito características na zona”, justifica.
No que concerne aos preços, a carta apresenta opções para todas as carteiras. “Gosto de dizer que o ‘Terruja’ é um restaurante democrático”, categoriza Diogo Caetano. “Por um lado, preparámos um menu de degustação mais completo, que apresenta nove pratos de autor, trabalhados de uma maneira mais cuidada. Por outro, tivemos a atenção de integrar no cardápio também pratos principais com um valor inferior a 20 euros. Além disso, criámos outra opção mais barata, diferente todos os dias, que designámos como ‘tachinho’ do dia”, esclarece o chef natural de Mira de Aire.
Após ter dado cartas em restaurantes como o Ceia, em Lisboa, – que integrou a lista do World 50 Best Discoverys – e pelo Alexander Restaurant, na Estónia – classificado pelo La Liste como um dos 1000 melhores restaurantes do mundo –, Diogo Caetano abraça um projeto, procurando um desenvolvimento gradual e sustentado, tendo o apoio de dois colaboradores. Nesse sentido, o “Terruja” é composto por uma sala com capacidade para 18 clientes, que, a partir do seu lugar, podem ver o chef a confecionar os pratos. A reserva é recomendada, não só pelo número limitado de lugares, mas também porque permite adaptar o menu às condições alimentares do cliente. “Se existirem problemas com intolerâncias à lactose ou ao glúten, nós conseguimos contorná-los se formos previamente avisados”, acrescenta o mirense.
O restaurante está aberto entre quarta-feira e sábado, das 12 às 15 horas e das 19 às 23 horas. Ao domingo, o estabelecimento funciona das 12 às 15 horas.