O Pavilhão Multiusos de Alcobaça poderá vir a ter uma “gestão partilhada” com uma entidade local, no caso a ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes assumiu o presidente da Câmara à margem da reunião do executivo municipal realizada na manhã da passada segunda-feira.
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Em declarações aos jornalistas, Hermínio Rodrigues afirmou que “ainda nada está decidido”, mas confirmou “que pode vir a existir uma gestão partilhada entre a Câmara de Alcobaça e outra entidade”. Questionado sobre se o parceiro escolhido é a ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, o autarca reconheceu “ser uma hipótese, até face ao conhecimento a nível cultural no concelho”.
O chefe do executivo municipal enunciou algumas das vantagens de avançar para uma eventual gestão partilhada com a referida entidade. “É uma situação que nos pode libertar a nós [Câmara]. Se pudermos fazer este trabalho com outras entidades, e, neste caso, entidades locais, todos temos a ganhar. Acima de tudo, devido ao conhecimento que têm do território e das capacidades para dinamizar o espaço. Não estou a confirmar nada, é apenas uma hipótese”, notou Hermínio Rodrigues, até porque o assunto ainda não foi discutido pelo executivo municipal.
Ainda assim, dentro deste cenário, há dois nomes que estão a ser equacionados como futuros responsáveis do Multiusos: Joaquim Paulo (ex-diretor do REGIÃO DE CISTER) e Nuno Gonçalves (músico dos The Gift). Também neste caso, Hermínio Rodrigues não confirmou nem desmentiu: “Reafirmo que nada está decidido nem estou a confirmar nada. O que posso dizer é que são dois nomes pensados, como podem ser outros. São nomes cujos perfis encaixam bem para o que se pretende”. O social-democrata também confirmou que “há atrasos na obra”, mas deixou claro que o Pavilhão Multiusos deverá ser uma realidade “ainda este ano”.
Ao REGIÃO DE CISTER, o presidente da Direção da Banda de Alcobaça admite que a associação já teve conversas com o presidente da Câmara e que o assunto está a ser analisado. “Confirmo que nos foi solicitada uma primeira análise sobre qual deva ser o modelo de gestão e programação do Pavilhão Multiusos, de forma a que este se constitua como um equipamento de referência não só para a cultura, mas também para o desporto e outro tipo de eventos, como os congressos”, afirmou Rui Morais, garantindo que a “principal preocupação não é tanto com o curto prazo, mas sim com o desenvolvimento de um projeto que seja sustentável”. O dirigente manifesta ainda “satisfação pelo reconhecimento feito pelo presidente da Câmara à capacidade de gestão e know how da Banda de Alcobaça”. “O reconhecimento local é, quase sempre, o mais difícil”, salienta Rui Morais, sublinhando que a entidade, que é proprietária do REGIÃO DE CISTER e possui a Academia de Música de ALcobaça e a Academia de Dança de Alcobaça, é “uma instituição cultural muito respeitada a nível nacional e internacional”.
O Pavilhão Multiusos de Alcobaça, obra iniciada em 2021, contempla uma área de cerca de 5.500 metros quadrados, num investimento a rondar os 5 milhões de euros.