Vejo muita gente a viver “presa” no que acredita ser uma vida livre. Já se perguntou o que é ser livre, verdadeiramente? Já pensou que o acredita ser liberdade pode ser, na verdade, uma grande ilusão? Alguns podem pensar que liberdade é não ter um relacionamento sério; outros podem pensar que liberdade passa por fazer tudo o que dá na vontade. Alguns acham que ser livre é não estar preso a rotinas; outros acham que é ter muito dinheiro! A verdade é que a liberdade tem muito mais a ver com o “conhecer-se internamente”, do que com o lugar físico em que nos encontramos. Quantos são aqueles que exteriormente são donos de uma imensa liberdade, mas no seu interior vivem acorrentados. Para mim, liberdade é podermos ser nós mesmos sem pressões sociais. É ter paz de espírito ao saber que todas as escolhas que fizemos até hoje, mesmo as que julgámos erradas, foram afinal a decisão acertada. Liberdade é saber dizer não quando o outro invade. Liberdade é dizer sim a ti mesmo, e conseguir diferenciar as escolhas do Ego das do teu eu real. Ser livre é escolher o amor. Liberdade passa pelo ser e não pelo “ter”. Mas o que é a liberdade, na verdade? A filosofia diz-nos que liberdade é a “expressão genuína da essência humana”. A lei dos homens coloca-a numa quadratura de direitos e deveres delimitados por leis. As leis politizaram de tal ordem a sua aplicação, que hoje, 50 anos após “a sua chegada” acabamos por não saber, de facto, o que é, onde está e por que é que importa. Parece que não sabemos mais o que quer dizer, mas sabemos que é algo que não está a acontecer, não vos parece? Todos os dias temos de construir a “liberdade”, seguir no trilho traçado há meio século, mas criando novas interpretações onde a liberdade se faça acompanhar de justiça e empatia. E sempre que a “ideia de liberdade” politizada nos for imposta, sejamos livres para nos expressarmos e questionar. Para rebater! Para revolucionar! Sejamos livres de escolher o nosso credo; livres para viver sem medo e sem penúria.