A partir do próximo dia 1 de janeiro, será possível andar gratuitamente de transporte público rodoviário entre os 12 munícipios da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim). Além disso, haverá uma redução para 40 euros da modalidade inter-regional, equiparando-se ao valor dos títulos coletivos de transporte na Área Metropolitana de Lisboa. O passe “M Oeste” foi aprovado pelos 12 presidentes de câmara que integram o Conselho Intermunicipal da OesteCim, numa sessão que decorreu em Alcobaça.
Com esta medida, a região Oeste tornar-se-á na primeira região no país a implementar a gratuitidade dos transportes no modelo intermunicipal. “É algo que muito nos orgulha, mas é apenas mais um passo no rumo traçado há muito tempo de colocar a sustentabilidade no centro de todas as nossas políticas públicas”, enfatizou o presidente da OesteCIM, citado em comunicado enviado à comunicação social.
Com o novo passe, as viagens em transporte público rodoviário dentro da região – que chegam diariamente aos concelhos de Alcobaça e da Nazaré – deixam de ter encargos para o utilizador e aqueles que quiserem deslocar-se para a capital ou para outras regiões limítrofes vão pagar o mesmo que é praticado na Área Metropolitana de Lisboa. Ou seja, o jovem estudante não paga.
Os passes inter-regionais continuarão gratuitos para os jovens até aos 23 anos e os cidadãos com mais de 65 anos terão um desconto adicional.
As medidas vão implicar um investimento superior a 12 milhões de euros, dos quais 3 milhões são para assegurar a gratuitidade, o que vai “ao encontro da estratégia de longo prazo da OesteCim, um território com características naturais, culturais e geográficas únicas”, ao qual se “adiciona agora um extraordinário reforço na mobilidade como elemento estruturante para facilitar a vida de quem vive, de quem o visita e de quem aqui pretenda investir”. “Esta é uma letra que vai entrar no léxico da população do Oeste: M de mobilidade, mas também o de um marco histórico numa região inteligente, sustentável e inclusiva, onde ninguém é deixado para trás”, conclui Pedro Folgado.
Relativamente à redução dos preços dos passes inter-regionais, a OesteCim lembra o trajeto iniciado em 2019. “Há seis anos, quem quisesse ir e vir todos os dias de transportes para Lisboa pagava 183,15 euros por mês no passe mais caro, mas a partir de 1 de janeiro vai desembolsar 40 euros, o mesmo que paga quem vai de Cascais ou de Almada para a capital”, sublinha o secretário executivo da OesteCim. “Tornar a mobilidade universal e tendencialmente gratuita é uma garantia de justiça e coesão social porque permite oportunidades iguais para todos”, acrescenta Paulo Simões, recordando a importância destas medidas “na promoção da tão necessária e urgente descarbonização”, com a qual a OesteCim tem um “profundo compromisso”.