…do mundo é em Alcobaça. Mas não digam a ninguém. Porque não? Porque as irmãs e a família Machado assim o brincam no cartaz que aponta na direção desta casa, sita na Rua Engenheiro Duarte Pacheco, mesmo à esquina.
No tempo da pandemia, essa maldita, fiz um pequeno exercício numa rede social (o LinkedIn) que se tornou viral. Chamava-se, mais ou menos, dez coisas que me fazem adorar Portugal. A lista continha coisas como Atum Tenório, Café Camelo, Água Castello, etc. Produtos e serviços que nos destacam e nos devolvem uma autoestima, que diariamente nos é roubada por políticos, jornalistas e influenciadores com a obsessão que têm por um apocalipse social, por uma pausa na vertigem violenta do mundo atual.
Comecei a escrever neste jornal como forasteiro. O meu primeiro artigo foi uma elegia a um amigo desaparecido e de quem temos muitas saudades ainda: o Carlos Tinta, o célebre Garrafão. Conforme expliquei, foi ele uma das pessoas (entre outras) que me acolheu e ajudou a integrar.
Inicio agora uma série de dez coisas que me fazem gostar de Alcobaça. Começo, obviamente, pelo vinho. Vinho servido, explicado, vendido pela Teresa e pela Sílvia com uma candura e profissionalismo que é uma raridade, elementos, com certeza ensinados pela sua mãe Teresa e pai Bernardino, mas aperfeiçoados por esta dupla que tão bem sabe receber e fazer a sua arte.
Com a opção de só comercializarem vinho nacional sublinham um compromisso também com a nossa cultura que é uma cultura de mesa (é na mesa que se decide os destino dos portugueses) e um entendimento do que vendem perfeitamente académico mas inclusivamente próximo a quem lá vai.
Sou cliente, espero que também um amigo da casa, gosto de lá beber, de comer, de comprar whiskey e, sobretudo, de conversar com a família e com o seu staff, que sempre me acolheram tão bem e me hidrataram ainda melhor.
A garrafeira A Casa é uma das dez coisas que me fazem amar Alcobaça e a primeira desta série. Mantenham-se atentos às outra nove.