Foram descobertas ruínas, que se acredita serem do período romano, nas obras de construção do Parque Verde de Alcobaça.
Foram descobertas ruínas, que se acredita serem do período romano, nas obras de construção do Parque Verde de Alcobaça. Alguns peritos consideram que se trata, possivelmente, da mais antiga presença de ocupação na região.
Ao que o REGIÃO DE CISTER apurou, as obras permitiram encontrar um mausoléu romano, com influências tardias desse período e com características “visigóticas e islâmicas”. As ruínas estendem-se ao longo de “cerca de 20 metros quadrados” e constituem uma descoberta “de grande nível histórico, que permite perceber melhor a história de Alcobaça”, defende um arqueólogo contactado pelo REGIÃO DE CISTER que prefere não ser identificado. “Não há quase nenhuns mausoléus romanos em bom estado de conservação”, pelo que esta descoberta “é muito importante”, defende o especialista.
O presidente da Câmara de Alcobaça garante que a obra do Parque Verde “não será influenciada” pelas descobertas arqueológicas. “Foi preciso apenas deslocar um passadiço para não interferir com as ruínas”, esclareceu Paulo Inácio.
Além disso, “estão a ser tomados todos os procedimentos normais para estas situações”. “As ruínas serão cobertas para garantir a sua preservação e, depois de concluído o Parque Verde, dar-se-á início ao estudo científico das descobertas”, revelou o autarca. Depois do estudo, o espaço “pode mesmo a sair beneficiado” pela inclusão de um monumento “com valor histórico”, conclui.
O Parque Verde de Alcobaça tem um orçamento de 2,8 milhões de euros, dos quais 2,3 milhões são financiamentos pelo programa comunitário Portugal 2020.