O portomosense Rodrigo Barros foi um dos três pilotos que ajudaram a Seleção Nacional a ser 10.ª classificada na Coupe de l’Avenir em Baisiueux, na Bélgica. Eis o perfil de um jovem, de apenas 10 anos, que gosta de andar a altas rotações.
O portomosense Rodrigo Barros foi um dos três pilotos que ajudaram a Seleção Nacional a ser 10.ª classificada na Coupe de l’Avenir em Baisiueux, na Bélgica. Eis o perfil de um jovem, de apenas 10 anos, que gosta de andar a altas rotações.
Quando recebeu a primeira motocicleta, uma KTM 50cc, nem sequer chegava com os pés ao chão. Tinha 3 anos, mas nada o fez desistir do sonho de ser piloto e, um ano depois, já participava em provas. A chamada à Seleção foi consequência do trabalho e já tinha acontecido no Mx das Nações, em Assen, na Holanda, prova na qual seguia na 13.ª posição até ter tido uma avaria mecânica que o obrigou a desistir. No entanto, desistir não faz parte do vocabulário de Rodrigo, já que nem duas lesões no ombro, quatro no pulso e uma no tornozelo o fazem abdicar do sonho.
“Quero ser campeão nacional de motocross e supercross. Quero ir para o estrangeiro e competir lá fora”, assume ao REGIÃO DE CISTER, o aluno do 5.º ano.
Para concretizar o “sonho”, o atleta não abdica dos treinos que realiza uma a duas vezes por semana em Pataias-Gare, numa pista do pai que está aberta ao público. “Por vezes, é difícil conciliar os estudos e os treinos, mas vou conseguindo gerir as coisas”, conta o jovem, notando que é algo “preguiçoso no treino físico”. O “problema” é que a moto pesa 68 kg e Rodrigo pesa 33 kg e mede 1,50m. “A forma como posiciono o corpo e a moto numa curva é muio importante”, destaca, brincando, no entanto, que continua sem ser um “grande adepto do trabalho na componente física”.
É nos pais que o piloto de Porto de Mós tem o grande apoio a nível de preparação. E também na vertente económica. “O meu pai prepara as minhas motos, treina-me e está sempre comigo no momento em que cai a grelha. A minha mãe trata de tudo o que necessito para um dia de provas”, conta, lembrando a primeira prova em que competiu, aos 4 anos, e em que ficou no último lugar numa grelha com 20 pilotos. “Todos muito maiores do que eu”, destacou.
Também foram os pais de Rodrigo Barros que o incentivaram a competir lá fora. “Para ganhar ritmo temos de sair de Portugal e os meus pais decidiram que faria o Europeu e o campeonato espanhol”, frisa, relembrando que o “bichinho” por este desporto nasceu por legado familiar. “O meu pai foi piloto, agora só anda ocasionalmente”, sublinha.
A esta “velocidade” o menino promete vitórias. E no currículo são vários os títulos e medalhas que já alcançou, destacando-se o título conquistado no campeonato nacional de supercross, em 2016. Este ano o título nacional de motocross não é possível, dado que falhou uma prova, mas Rodrigo Barros quer ser vice-campeão nacional na final que se realiza no próximo domingo, em Alqueidão (Torres Novas). Os adversários, por isso, que se preparem.