Diz o adágio popular que “cada tiro, cada melro”. Um ditado que também tem paralelismo com outro, como é o caso do “cada tiro, cada gaio”. E é mesmo pegando neste último que seguimos rumo à história que envolve um café e um supermercado.
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Estamos na localidade do Gaio, freguesia do Vimeiro. No centro da povoação, há um espaço comercial que é um autêntico ícone social para os locais. Falamos do supermercado Rodrigues, cuja história já tem quase meio século e o trajeto passou de pais para filhos.
Tudo começou ainda antes do 25 de abril de 1974. Josefa Rodrigues e Joaquim Rodrigues decidiram abrir uma taberna e uma mercearia. O espaço, à época bem mais pequeno, começou a ser frequentado por quase todos os habitantes daquela localidade. O negócio foi crescendo até que, algum tempo depois, em 1989, o infortúnio bateu à porta da família: Joaquim Rodrigues faleceu e deixou todos em choque.
No entanto, e mesmo perante tamanha adversidade, Josefa Rodrigues, fez das fraquezas forças e, corajosamente, decidiu manter o negócio. Contou com a ajuda dos três filhos, Rui, Susana e Anabela, e seguiu o caminho que até aí tinha sido percorrido com o forte contributo do marido.
O crescimento comercial continuou a ser uma constante e a evolução dos tempos fez com que o espaço passasse a ser um café e um supermercado. Até hoje. Já lá vão 48 anos. Com uma construção moderna e um interior bastante apelativo, o supermercado nem parece estar situado numa aldeia. Porque poderia perfeitamente estar numa sede de freguesia, ou até mesmo numa capital de distrito.
“Foi sempre uma vida difícil, em que tivemos de contornar bastantes obstáculos, mas mesmo depois da morte do meu marido decidimos continuar com o negócio. Contei sempre com a ajuda dos meus filhos e isso foi muito importante para ainda hoje termos a casa aberta”, conta Josefa Rodrigues ao REGIÃO DE CISTER, “orgulhosa do espaço que a família agora possui e que tem tido o melhor seguimento dado pelo Rui”, confessa.
E foi Rui Rodrigues que no ano 2000 aceitou ficar à frente do supermercado Rodrigues. “Já tínhamos este armazém e isso ajudou na expansão do negócio. Crescemos, passámos a ter estas instalações e, com isso, pudemos também aumentar e melhorar a nossa oferta. Temos muito em conta a relação preço/qualidade, para servimos a população da melhor forma”, sublinha o empresário, feliz por “continuar a honrar o nome da família” na localidade do Gaio.Ali, no café e no supermercado Rodrigues, e tal como diz outro ditado popular, “é como na farmácia: há de tudo”. É , pois, caso para dizer: que venham mais 50 anos!