O executivo municipal da Nazaré lembrou, na passada semana, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, do projeto de requalificação da Lagoa do Valado, ou Lagoa do Saloio, que está inscrita na lista de prioridades de intervenção do novo quadro comunitário, mas que ainda não recebeu luz verde.
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“O projeto existe e quisemos pedir ajuda ao ministro”, explicou ao REGIÃO DE CISTER o presidente da Câmara. Manuel António Sequeira mostrou a Lagoa ao governante à margem de uma visita à região no âmbito da prevenção de incêndios.
A massa de água de 1,7 hectares situa-se no talhão 9 da Mata Nacional do Valado, que é propriedade do Estado e tutelada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
No entanto, desde 2019 que a gestão da Lagoa passou para as mãos da Câmara, que nunca escondeu a vontade de requalificar o espaço. Em 2021, equipas do ICNF e da Divisão de Obras da Câmara limparam a área de espécies infestantes, como acácias e caniços. Feita a limpeza, foi dado o primeiro passo para qualificar a Lagoa, com a instalação de novos equipamentos no parque de merendas e de lazer.
O projeto de requalificação da Lagoa é, no entanto, mais ambicioso e integra os nvestimentos Territoriais Integrados (ITI) da Comunidade Intermunicipal do Oeste (CimOeste), explicou ao REGIÃO DE CISTER o presidente da Câmara.
Com um orçamento de 365 mil euros, o objetivo é dotar o espaço de locais de contemplação de aves, passadiço, miradouros, uma área balnear e de caminhos pedonais e cicláveis, bem como estruturas para a prática de desportos. “Queremos tornar a Lagoa utilizável pela população, que a vê quase como uma praia fluvial”, resume o chefe do executivo municipal.
No protocolo estabelecido entre o município da Nazaré e o ICNF é reconhecido que a Lagoa “sempre foi utilizada pelos habitantes do concelho e por outros, sobretudo durante o período estival, enquanto área de recreio e lazer”, pelo que a intervenção visa diversificar e melhorar as condições de visitação e fruição da Lagoa, nomeadamente através do desenvolvimento de atividades turísticas, desportivas, lúdicas e pedagógicas, “com especial enfoque nas áreas do lazer e da educação e sensibilização ambientais”.
A criação de novas infraestruturas e equipamentos de apoio deve, todavia, “salvaguardar todas as premissas e condicionantes resultantes da aplicação e execução do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios do Concelho da Nazaré e do Plano de Gestão Florestal da Mata Nacional do Valado”.