As obras públicas são o principal nicho de mercado da Razões Teóricas. A empresa sediada em Boavista (Aljubarrota) distingue-se pela execução de projetos por medida, tendo capacidade para fazer todo o tipo de trabalhos dentro do setor da carpintaria.
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“Cerca de 90% dos trabalhos que fazemos são empreitadas ganhas em concurso público”, começa por elucidar o sócio-gerente da empresa. “Trabalhamos como um alfaiate, mas na área da carpintaria.
Destacamo-nos por fazer projetos específicos, à medida do cliente, e nem sempre o particular está disposto a pagar pelo trabalho que fazemos”, justifica Ricardo Pereira.
De Norte a Sul de Portugal, a Razões Teóricas tem-se galvanizado no mercado interno devido a uma mudança de abordagem, introduzida pelo carpinteiro natural da Cela.
“Percebemos que tínhamos de estar onde o mercado quisesse que estivéssemos, caso contrário poderíamos colocar em causa o nosso crescimento e sustentabilidade”, assume. “Inicialmente, os nossos trabalhos estavam muito circunscritos ao território de Alcobaça, mas arriscámos em levar os nossos serviços para outros locais e demo-nos bem.
Hoje a nossa carteira de trabalhos junta obras um pouco por todo o País”, conta o responsável da empresa que venceu, recentemente, o prémio “Gazela 2023”, que reconhece “organizações inovadoras, capazes de se posicionarem de forma diferenciadora nos mercados, nos quais afirmam a sua competitividade e constroem sucesso a um ritmo acelerado”.
Criada há cinco anos, a Razões Teóricas fatura cerca de 1,5 milhões de euros e emprega 12 colaboradores. Porém, o negócio já remonta a algumas décadas, fruto do trabalho do pai de Ricardo Pereira.
“Dei continuidade ao que ele fez. Trabalhamos juntos há cerca de 30 anos”, aponta o celense, acrescentando que, desde que pegou nas rédeas do negócio, procurou implementar estratégias mais condizentes com o que o mercado atual exige.
Desde portas, janelas, rodapés, pavimentos, roupeiros, estruturas interiores e estruturas exteriores, a Razões Teóricas não nega trabalho. Prova disso, foi a requalificação da antiga escola Froebel, localizada no Jardim da Estrela, em Lisboa. “Foi um trabalho que despoletou alguma polémica na população pela história do edifício, mas conseguimos dar uma boa resposta e fazer um restauro exímio”, descreve.
Para o futuro, Ricardo Pereira espera manter o crescimento sustentado. A curto prazo, a empresa vai “investir na imagem, em suportes de comunicação e no próprio branding”.
No próximo ano, a entidade vai investir em mais maquinaria, nomeadamente, um Centro de Controlo Numérico (CNC).