É médico e investigador. Portugal é o seu País, mas é no estrangeiro, neste momento em Toronto (Canadá), que desenvolve os seus conhecimentos. Ricardo Leão tem 39 anos e é natural da Bemposta, freguesia da Maiorga. Durante alguns anos usou a bata branca e tocou saxofone em simultâneo, nomeadamente ao lado dos The Gift, participando em concertos.
É médico e investigador. Portugal é o seu País, mas é no estrangeiro, neste momento em Toronto (Canadá), que desenvolve os seus conhecimentos. Ricardo Leão tem 39 anos e é natural da Bemposta, freguesia da Maiorga. Durante alguns anos usou a bata branca e tocou saxofone em simultâneo, nomeadamente ao lado dos The Gift, participando em concertos.
Terminada a licenciatura em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em 2004, Ricardo Leão ingressou na especialidade de Urologia, terminando com uma média de 19 valores.
Durante a formação, o médico alcobacense trabalhou em diferentes hospitais nacionais e internacionais, possibilitando-lhe a aprendizagem com alguns dos melhores médicos do mundo. Foi no The Johns Hopkins Hospital, em Baltimore (EUA), que o médico “mudou a perceção” da sua carreira. Não menos importante é a sua passagem pelo Klinikum Heilbronn, da University of Heidelbert Alemanha), no qual realizou um estágio em cirurgia laparoscópica e robótica urológica.
A passagem por estes hospitais aguçou ainda mais o gosto de Ricardo Leão pela investigação. Atualmente está a realizar a tese de doutoramento em Urologia Oncológica, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. O seu trabalho visa o estudo de mecanismos de manutenção dos telómeros em cancros urológicos.
Face à sua dedicação, em 2014, abriu-se mais uma importante porta na vida deste médico. Entre centenas de candidatos internacionais, Ricardo Leão foi escolhido para um dos programas “mais reconhecidos e competitivos em Urologia”. É o único português, até hoje, seleccionado para esta formação. Trata-se do Uro-oncology Fellowship, da Society of Urologic Oncology, da American Urological Association. Em Toronto, divide a atividade clínica entre diferentes hospitais, como o Mount Sinai Hospital, Princess Margaret Cancer Centre (um dos mais conceituados centros de urologia e um dos cinco melhores centros de investigação em cancro do mundo) e o Sunnybrook Hospital. Faz também investigação no The Sick Children Hospital.
O investigador tem diversos estudos retrospetivos e prospetivos em cancros da próstata, bexiga e testículo. Os seus trabalhos de investigação têm sido distinguidos com diferentes bolsas e prémios nacionais e internacionais. É médico convidado da FPTV (canal de televisão do Canadá), com uma rubrica mensal sobre temas urológicos.
A música também é a sua vida. Foi na Banda de Alcobaça que deu os primeiros e grandes passos, tendo estudado na Escola de Música do Conservatório Nacional.
Para o futuro, deseja continuar a desenvolver a sua atividade clínica e científica em centros de excelência e seguir uma carreira académica. Além disso, deseja casar e ter filhos: “pela primeira vez sei o que é sentir inveja, quando olho para os filhos dos meus amigos. Por vezes, dedicamo-nos tanto a um objectivo, que deixamos de lado uma parte tão importante como a família”.