Domingo, Novembro 24, 2024
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Entre o populismo e a inevitabilidade

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É errado olhar para as listas dos Rankings como forma de ver as melhores escolas a que devemos confiar os nossos filhos

Enquanto “(cor)responsável máximo”, durante muitos anos, pelas normas, boas ou más, que enformaram as escolas de Alcobaça, sempre mantive, em relação aos chamados “Rankings”, uma posição muito clara:

1 – À falta de outros instrumentos análogos, os rankings permitem às escolas compararem-se com as realidades que (lhes) são comparáveis: 1.1. – Que disciplinas foram (ou são) mais bem-sucedidas – sobretudo se esse facto for constante, reiterado e insensível aos investimentos que as escolas fazem na sua recuperação, através de apoios, salas de estudo, oficinas ou outros instrumentos pedagógicos? 1.2. – Que turmas, dentro do mesmo ano, e com desempenhos internos idênticos, superam, mantêm ou baixam a sua avaliação? (Atenção! Superar em exame a avaliação interna, de um modo sistemático e reiterado, é, por norma, mais negativo que positivo…) 1.3. – Que escolas, dentro do mesmo contexto socio-económico-educativo, são, sistematicamente, mais bem-sucedidas? (Se ligarmos esta indagação a taxas de aprovação/retenção, à ausência de critérios de seleção, é impossível não retirar daí alguns ensinamentos).

2. É óbvio que os Rankings se transformaram num instrumento de promoção daquelas escolas privadas que, podendo selecionar os alunos com base em princípios meritocráticos, apresentavam resultados cada vez mais elevados, por referência às escolas públicas. Nesta perspetiva, é errado olhar para as listas dos Rankings como forma de ver as melhores escolas a que devemos confiar os nossos filhos. 3. No entanto, a despeito das modernas tendências em matéria avaliativa – em que os “testes” e quejandos instrumentos são equiparados ao diabo ou a um dos seus avatares – conviria que as escolas olhassem, e analisassem, esses “Rankings”. Na verdade, eles são a única oportunidade de as escolas se autoanalisarem comparativamente. Com efeito, uma média de exame de 15 ou de 10 a uma determinada disciplina, apenas pode ser classificada de boa ou má, por comparação: se, numa determinada disciplina, a média nacional é de “16” e a média de escola é de “15”, devo ficar na zona de indizibilidade entre feliz e infeliz. No entanto, se a média nacional de uma determinada disciplina é de “9” e a minha escola conseguiu “9,6”, devo ficar moderadamente feliz.

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Daqui se infere que, na ausência de outros dados de comparação, a análise dos dados disponibilizados pelos “Rankings” deveria merecer análise e reflexão pelas Escolas/Agrupamentos, nomeadamente, em sede de Conselho Pedagógico.

PS. No que diz respeito ao AECISTER, os dados publicados estão em linha com o seu passado, confirmando-o como a realidade educativa mais bem-sucedida do concelho. Há, porém, dados que requerem alguma reflexão para que não se deite fora o bebé com a água do banho.

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