Quase um século depois de ter sido edificada, a “Tasca do Zé da Loja” continua firme e hirta. A história, contada por Isabel Alexandre, não tem dados concretos sobre a data de abertura do espaço, mas a verdade é que antes dos seus padrinhos de casamento (José Tomás e Virgínia) tomarem conta do negócio, há cerca de quatro dezenas de anos, já a casa trabalhava sob o formato de tasca e mercearia. Tal como, de resto, era hábito antigamente.
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Foi, precisamente, devido ao nome de José Tomás que a casa passou a chamar-se “Tasca do Zé da Loja”. Depois disso, em 1982, Isabel Alexandre passou a gerir o estabelecimento comercial. Uma rotina que virou modo de vida e que durou 28 anos. “Tomei essa decisão com o orgulho de querer continuar o legado deixado pelos meus padrinhos. Fiz alguns reajustes, apesar das obras maiores terem sido feitas muito depois, já pelo meu irmão, mas, acima de tudo, o meu objetivo foi manter o conceito que estava implementado”, confessa Isabel Alexandre ao REGIÃO DE CISTER, sem esquecer a satisfação por continuar a ter em sua casa as pessoas que já a frequentavam no passado: “Não só mantive os clientes que já vinham do tempo dos meus padrinhos, como, a seguir, vieram os filhos desses mesmos clientes. A passagem de gerações é muito gratificante”.
Quase três décadas depois de Isabel, seguiu-se a “aventura” levada a cabo pelo irmão. Carlos Caetano estava desempregado, corria o ano de 2010, e decidiu ficar com o negócio. Em parceria com a mulher, Natália Lucas, remodelaram o espaço e alteraram o modelo de negócio para restaurante.
“Foi a melhor decisão que podíamos ter tomado. Estamos muito contentes com estes 11 anos em que estamos à frente do restaurante e, felizmente, temos tido sucesso. Temos muitos clientes, alguns deles diários, e é raro o período de almoço em que não temos a casa cheia”, confessa o atual proprietário. Carlos Caetano não esconde qual é o segredo: “a qualidade da nossa cozinha”.
E nesse capítulo entra em cena… a cozinheira. Natália Lucas é a responsável pela confeção de pratos que são de comer e chorar por mais, garantem os clientes. Desde o frango na púcara, passando pelo cozido à portuguesa, e sem esquecer o bacalhau à “Zé da Loja”, tudo o que sai da cozinha é “comido” logo pelos olhos dos clientes.
“Temos crescido todos os dias, de há 11 anos a esta parte, e o negócio está sobre rodas. É um ramo que dá muito trabalho, mas que também é muito gratificante. Temos a noção de que somos uma das casas de referência do concelho de Alcobaça e, também por isso, nunca abdicamos da qualidade”, salienta, orgulhosa, Natália.