1,77 metros de rigor defensivo e, cada vez mais, de preponderância ofensiva. Assim tem sido o percurso de Stephen Eustáquio no FC Porto, ele que já estabeleceu a melhor temporada da carreira (cinco golos e cinco assistências em 19 partidas), em apenas dois meses, e se prepara para ser o representante da chamada região de Cister no Campeonato do Mundo de futebol, que arranca no próximo domingo, no Catar.
Sim, leu (mesmo) bem. Como se antevia, o médio nazareno foi convocado para representar a Seleção do Canadá na principal competição do Mundo a nível de seleções – a lista final de 26 convocados foi conhecida no passado domingo -, prova na qual deverá fazer a sua estreia na próxima quarta-feira, no embate diante da Bélgica, agendado para as 19 horas.
A seleção orientada por John Herdman, que joga o Grupo F, vai depois defrontar a Croácia, no dia 27 (16 horas), antes de encerrar a fase de grupos diante da congénere de Marrocos, no dia 1 de dezembro (15 horas).
Esta participação da Seleção do Canadá, a segunda da sua história, tem um significado especial, uma vez que há 36 anos que a seleção do Norte da América não conseguia qualificar-se para a referida competição. A última presença foi no Campeonato do Mundo do México, em 1986, em que os canadianos perderam os três jogos efetuados no Grupo C, diante da França (0-1), da Hungria (0-2) e da (ainda) União Soviética (0-2).
Stephen Eustáquio chega ao Mundial com confiança redobrada, dado que tem vivido o melhor arranque de temporada da carreira, facto comprovado pela influência no modelo de jogo dos azuis e brancos.
Os cinco golos (o último foi apontado no passado sábado, na goleada no reduto do Boavista, 4-1, a contar para a 13.ª jornada da 1.ª Liga) e as cinco assistências em apenas dois meses de competição fazem desta (já) a melhor época da carreira, superando o anterior máximo, alcançado pelo Paços de Ferreira, em 2020/2021, que estava fixado nos dois golos e uma assistência em 35 jogos.
Há, por isso, razões para esperar um Stephen Eustáquio em alta rotação no Mundial do Catar, mostrando a raça de um verdadeiro nazareno, ainda que com as cores do país em que nasceu. E a viagem será feita num voo de primeira classe, aquela em que, no caso, apenas viajam os verdadeiros craques da bola. Como Eustáquio.