Domingo, Abril 28, 2024
Domingo, Abril 28, 2024

Porque lutam e devem lutar os professores

Data:

Partilhar artigo:

Por opção democrática, vivemos num estado social, em que os mais desfavorecidos contam com a solidariedade dos mais prósperos.

Gaspar Vaz

Lutam por respeito – E têm inteira razão, depois de muitos anos de erros sucessivos e generalizados. A carreira, nunca especialmente apetecível em termos económicos, sobretudo nos primeiros escalões, tornou-se um labirinto, por força, mormente, dos congelamentos que aconteceram, desde 2005 até 2017, com uma interrupção de 3 anos, entre 01/01/2008 e 31/12/2010. Com a proliferação das redes sociais, o professor transformou-se também num saco de boxe. Muitas vezes com fundamentos pífios, o “professor do meu filho” tornou-se um alvo apetecido. As escolas tornaram-se, muitas vezes, terra de ninguém, com alunos que não obedecem a nada, que se sentem impunes para mandar os professores para qualquer parte, para lhes encostar a cabeça ou para dormir ostensivamente sobre as mesas. Estes comportamentos deveriam ser, unânime e universalmente, condenados. Deveria haver uma estrutura que se encarregasse destas disfuncionalidades, com firmeza, porque nada justifica esta falta de respeito.

Devem lutar por uma avaliação justa – Os documentos estruturantes da avaliação dos professores (nomeadamente o Dec. Regulamentar 26/2012) têm mais de 10 anos. Pior: datam de um tempo em que a avaliação não impactava diretamente nas suas vidas. Por outro lado, uma organização qualquer não pode ser completamente horizontal e as escolas não escapam a essa norma: há profissionais extraordinários (e outros que nem por isso), há necessidade de colaboradores de topo (e de outros “normais”). Os excelentes são, por definição, raros, mas, sendo novos ou não, devem ser recompensados, sem prejuízo da dignidade de todos. A idade não pode ser o único fator de diferenciação entre o 1º e o 10º escalões. É claro que uma avaliação desperta sempre resistências, ainda mais quando se faz com regras obsoletas. Mas seria bom que, a começar pelos sindicatos, a exigência de uma avaliação justa e com sentido passasse a ser uma das reivindicações dos professores.

AD Footer

Artigos Relacionados

Faleceu Abílio Figueira, o “Sr. Abílio” para os nazarenos

Faleceu, esta quinta-feira, aos 84 anos, Abílio Figueira, conhecido comerciante da Nazaré e uma figura querida dos nazarenos,...

Dois feridos na sequência de uma colisão entre um ligeiro e um motociclo na Benedita

Uma colisão entre um veículo ligeiro de passageiros e um motociclo, ocorrida na tarde desta sexta-feira, dia 26...

Solancis alicerça crescimento com aposta na inovação

A inovação tem sido a chave para o desenvolvimento do negócio da Solancis. A empresa, sediada na Benedita...

Como vivi o 25 de abril de 1974

Lembro-me, quase como se fosse hoje. Depois de uma madrugada não esperada, houve um dia que parecia igual...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!