Quando saio da Académica, sou quase abalroado em cima da passadeira por um condutor do expresso (ainda lhe fiz um sinal com a mão, ele sorriu e acenou) penso: será este o meu destino na terra em que escolhi viver? Talvez porque, dois dias depois, após colocar o lixo na reciclagem, um jipe quase me leva à frente, sempre na passadeira, depois do motorista da RNE, quase me arrancar o nariz na pressa do almoço no CC Gafa, e...
Cada vez que saio de casa para pôr o lixo, passo por baixo de um cartaz do messiânico Chega. É apropriado.
Afinal, ele irá mudar e salvar o país, nem que para isso tenha de pedir emprestada a energia aos vizinhos da esquerda, como fez o seu homónimo argentino.
Depois do psicadélico mural da JMJ, ali para durar na avenida do hospital, entre outras garatujas desenhadas por ajuste direto na cidade, sinto-me inspirado em dizer que, finalmente, temos político que nos...