Sexta-feira, Maio 9, 2025
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Responsabilidade Social

Sobre duas palavras e inevitáveis

Podemos tentar esquecer, desvalorizar, mas o que ouvimos, se for importante, fica cá dentro, molda-nos, muda-nos, enforma-nos. Susana Santos Num dos seus mais belos poemas, Cesariny recorda-nos que “há palavras de vida há palavras de morte/ há palavras imensas, que esperam por nós/ e outras, frágeis, que deixaram de esperar/há palavras acesas como barcos” e no meio delas há, ainda, palavras que não encontro nesta nossa riquíssima língua e de que preciso para vos falar, outra vez, da gentileza. Uma delas...

Os ofícios com muito passado

Nos nossos dias, olhamos com nostalgia para esse passado que nos acompanhou durante tanto tempo, mas temos dificuldade em recordar as profissões que permaneceram conosco apenas algumas décadas. Susana Santos Há 32 anos que este jornal acompanha de perto a vida das nossas comunidades e decidiu comemorar a data recordando os ofícios de antigamente. Faz bem, obriga-nos a refletir sobre o tempo e, no meu caso, sobre a velocidade do nosso tempo. A vertigem da mudança em que vivemos e ainda...

O nosso dever de ouvir

Aqui chegados, acrescento uma nota de esperança na responsabilidade de cada um de nós e na possibilidade da escuta para absorvermos e interpretarmos o que...

E se um agressor se converter em protetor?

É importante perceber que os agressores transportam consigo as razões para a sua raiva e esta será, depois, agravada pelo peso da culpa, numa espiral...

O ano velho e os meus velhos

Por favor, não confundam velhos com idosos. Os meus velhos são gente de bem, e talvez por isso eu goste tanto dos amigos com cabeça...

Oferecer gentileza

A gentileza é, no meu entender, um comportamento verdadeiramente solidário. Não implica dispêndio de tempo, nem de bens. Susana Santos Nesta edição fala-se de solidariedade. Temos, à...

Que temos nós a ver com isto?

Não pesou a vida da comunidade ou do país, não pesou a relação com o mundo ou com o planeta, não pesaram os valores democráticos....

Menos zés-povinhos e mais tertulianos

Não me parece que seja o perigo de exposição da intimidade que justifique esta superficialidade das relações sociais. Estou mais inclinada para o medo de...

Ler. O melhor remédio para tudo!

Quando em pequena ia, à segunda-feira, a Alcobaça fazer compras, havia um lugar que me atraía mais do que todos os outros e donde dificilmente...

O poder que temos

Acredito que o mundo é sempre só o nosso mundo, o dos outros não é igual porque não o conseguem ver desde o mesmo sítio...

A cor da liberdade

Abril, mês de aniversários. A revolução dos cravos, os livros, as árvores, a poesia e milhões de primaveras se comemoram em abril. Como que a provocar-me a reflexão, em abril é também o meu aniversário. Tenho mais quatro anos do que a madrugada inaugural, e, como cantou de Jorge de Sena: “Não hei-de morrer sem saber qual a cor...

Surdez seletiva

Sem nos apercebermos, vamos perdendo a capacidade de aceitar o desafio Susana Santos Em que momento deixámos de conseguir dialogar? Nunca tivemos tantas ferramentas de comunicação, como as que temos nesta era. A grande maioria tem um corpo físico que só se completa com um pequeno retângulo que lhe permite comunicar com o mundo todo, instantaneamente, permanentemente. Apesar disto, algo de paradoxal...

O chão que pisamos

Já aqui o disse muitas vezes, somos uma terra incrível, tanto que até o barro nos serve de sustento. Susana Santos Habitamos estas terras de Cister há tanto tempo! Tanto quanto a arte de moldar argila, que é quase tão velha como os humanos. Conhecem-se vestígios desde o paleolítico. Mas o termo Keramiké é uma herança grega, tal como a associação...

Resolução de ano novo

Nunca fiz resoluções de ano novo. Mas tenho por certo que em cada dia, ou ano, ou hora que começa, há um tempo que continua Susana Santos Têm graça, as resoluções de ano novo. Têm graça e fazem sentido, sobretudo para quem aproveita esta nova volta em torno do sol para, no mesmo percurso, mudar a rota, a bagagem, o destino...

“O sorriso das pedras”

Grata, por devolverem ao usufruto de quem nos visita e de quem habita estas terras de Cister, a beleza emparedada por anos de desmazelo e abandono. Susana Santos Quando visitei as obras de restauro do Claustro do Rachadouro, que agora acolhe o novíssimo hotel de Alcobaça, fiquei fascinada com a sensibilidade do arquitecto Souto Moura e grata à cadeia Montebelo e...

Pão por Deus

Perderam-se os cheiros e os miúdos pedem doces de plástico que as pessoas lhes despejam em abóboras também de plástico Susana Santos Nas vésperas do dia de Todos os Santos, ou melhor, do Pão por Deus, já os garotos da aldeiam andavam a chatear as mães e as avós para prepararem o saco ou a sacola de pano-cru ou serapilheira com...

Veio ter comigo hoje a poesia

Hoje a poesia veio ter comigo em forma de notícia e não poema. Um de nós, um dos da nossa terra, está nos comandos do mais belo e rico Teatro Nacional: o São CarlosSusana Santos Como nos versos de Vergílio Ferreira, veio ter comigo hoje a poesia. Veio desde a juventude, como também no caso dele. Vem de longe, portanto,...

Ler para ver melhor

Parece que os jornais em papel são cada vez menos lidos. E basta passear numa praia para verificar que há muita gente de telemóvel na mão e muito pouca com um livro sobre a toalha.Susana Santos “E quando agora levantar os olhos deste livro, nada será estranho, tudo grande.” Este verso de Rainer Maria Rilke traduz tão bem a importância...
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