Responsabilidade Social
Democracia, do grego demos (povo) e kratos (poder), ou seja, o poder do povo
É certo que algumas vozes se erguem contra o regime, e vejo, com alguma preocupação, quem aplauda estas opções porque destruir o regime é destruir a democracia e as suas possibilidades de saudável confrontação.
Susana Santos
Porque será que é mais comum assistirmos a grandes críticas do que a grandes elogios? Seja nas redes sociais, onde livremente se comentam a vida, as opiniões e o carácter de quem se conhece e, mais frequentemente, de quem se desconhece, seja nas conversas de...
Creio nas elites
A progressão na vida pública depende do mérito e das capacidades de cada um, sem olhar à sua origem social.” esta frase reflete os valores da liberdade, da fraternidade e a da igualdade, emanados da Revolução Francesa, mas foi proferida há muito mais tempo. Na verdade, chegou até nós graças a Tucídides, historiador grego que, há 2500 anos, sintetizou o pensamento de Péricles, um dos mais notáveis líderes do século de ouro de Atenas.
Nestes tempos de incerteza, paradoxalmente caracterizados...
Elogio do elogio
Então não será mais agradável dizer de alguém que “está bonito”, “escreveu bem” ou “teve coragem” do que comentar “não gosto dele” “é um canalha”...
Etiqueta não dá nobreza
Já os menos bem formados, julgando-se e julgando os demais, conseguem, de uma penada, deitar por terra o que pensam ser a boa educação, confundindo...
Um domo contra os extremos
Só para o vento é que não encontrei ainda um refúgio, terei de aguentar. Para o vento e para os ventos de mudança que sinto...
Serra e Mar
Até há relativamente pouco tempo, não saía de casa para um passeio à beira-mar ou na serra sem levar comigo um saco para apanhar lixo.
Susana...
Sobre duas palavras e inevitáveis
Podemos tentar esquecer, desvalorizar, mas o que ouvimos, se for importante, fica cá dentro, molda-nos, muda-nos, enforma-nos.
Susana Santos
Num dos seus mais belos poemas, Cesariny recorda-nos...
Os ofícios com muito passado
Nos nossos dias, olhamos com nostalgia para esse passado que nos acompanhou durante tanto tempo, mas temos dificuldade em recordar as profissões que permaneceram conosco...
O nosso dever de ouvir
Aqui chegados, acrescento uma nota de esperança na responsabilidade de cada um de nós e na possibilidade da escuta para absorvermos e interpretarmos o que...
E se um agressor se converter em protetor?
É importante perceber que os agressores transportam consigo as razões para a sua raiva e esta será, depois, agravada pelo peso da culpa, numa espiral...
Amália Hoje, Amália Nós
Amália não é só a nossa voz, é a nossa poesia e toda a nossa alma. A fatalidade, o tempo, o destino, o sonho, o prazer, o desgosto, o amor e a beleza.
Ao trazê-la, ao recuperar as palavras e reinventar as melodias, o Nuno Gonçalves, a Sónia Tavares, o Fernando Ribeiro, o Paulo Praça e os seus e nossos...
Carapau seco!
Quando era pequena, a minha mãe chamava-me assim, por ser muito magra. Mas não é desse tipo de carapau seco que vos falo hoje. Na verdade, o meu objectivo é o de fazer a apologia dos métodos tradicionais de conservação do peixe e de outros comeres.
Acho que a energia eléctrica e a facilidade com que conservamos hoje os alimentos...
Gostava de falar de liberdade
Aliás, o que gostava mesmo era de não ter de falar da guerra, de nenhuma das guerras que o nosso pequeno e único mundo ainda consegue suportar. Gostava de poder continuar a reflectir sobre a importância de viver devagar, como fiz há um ano, na sequência de uma pandemia que nos obrigou, subitamente, a travar.
Mas não é possível porque...
Obrigada Externato da Benedita
Esta semana o Região de Cister destaca a freguesia da Benedita e os seus empreendedores, que são muitos e muito bons.
Na minha opinião, de entre todas as freguesias que compõem os três concelhos abrangidos por este jornal, a Benedita talvez seja a mais atrevida, no bom sentido. Ali nascem todos os anos, sobretudo desde a década de 60, novas...
De volta aos mercados para ouvir “a voz da terra ansiando pelo mar”
Na semana passada li, com entusiasmo, um artigo assinado pela directora deste jornal, cujo título nos anunciava que ainda há vida no mercado!
E que bonito é o nosso mercado! Esse lugar de encontros, de partilha, esse lugar que nos aproxima da terra e onde podemos ouvir a voz do mar!
Onde, se não no mercado, podemos receber cenouras directamente das...
O Natal e o bolo de noz da minha tia
O bolo de noz não faz parte de nenhuma tradição natalícia que conheça, mas não imagino um Natal sem o bolo de noz da minha tia.
Gosto muito daquele bolo, mas o que realmente me emociona são as lembranças que vêm agarradas ao caramelo que cobre o bolo: o cheiro e o estalido da lenha a queimar, a algazarra em...
“E quando de dia a lonjura dos montes Azuis atrai a minha saudade”
Quando saí pela primeira vez do abrigo da serra dos Candeeiros para entrar no Colégio, lá longe, em Leiria, percebi que nenhuma das minhas novas amigas colocava na folha de desenho um horizonte de serra, nem uma cadeia de colinas, nem o sol a nascer por entre dois outeiros simétricos.
Lá, no colégio, partilhava quarto com uma menina da Nazaré,...
Imaginem um país onde ninguém tem carro!
E se dentro de uma dúzia de anos já não tivermos carro? Se ninguém possuir um automóvel, nem tiver de pagar uma prestação, um seguro, um selo, uma portagem ou um parque nem tiver a obrigação de dispor de uma garagem para estacionar o veículo?
Conseguimos imaginar um futuro em que os carros, silenciosa e ordeiramente, obedecem apenas aos comandos...
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