Responsabilidade Social
Sobre duas palavras e inevitáveis
Podemos tentar esquecer, desvalorizar, mas o que ouvimos, se for importante, fica cá dentro, molda-nos, muda-nos, enforma-nos.
Susana Santos
Num dos seus mais belos poemas, Cesariny recorda-nos que “há palavras de vida há palavras de morte/ há palavras imensas, que esperam por nós/ e outras, frágeis, que deixaram de esperar/há palavras acesas como barcos” e no meio delas há, ainda, palavras que não encontro nesta nossa riquíssima língua e de que preciso para vos falar, outra vez, da gentileza. Uma delas...
Os ofícios com muito passado
Nos nossos dias, olhamos com nostalgia para esse passado que nos acompanhou durante tanto tempo, mas temos dificuldade em recordar as profissões que permaneceram conosco apenas algumas décadas.
Susana Santos
Há 32 anos que este jornal acompanha de perto a vida das nossas comunidades e decidiu comemorar a data recordando os ofícios de antigamente. Faz bem, obriga-nos a refletir sobre o tempo e, no meu caso, sobre a velocidade do nosso tempo.
A vertigem da mudança em que vivemos e ainda...
O nosso dever de ouvir
Aqui chegados, acrescento uma nota de esperança na responsabilidade de cada um de nós e na possibilidade da escuta para absorvermos e interpretarmos o que...
E se um agressor se converter em protetor?
É importante perceber que os agressores transportam consigo as razões para a sua raiva e esta será, depois, agravada pelo peso da culpa, numa espiral...
O ano velho e os meus velhos
Por favor, não confundam velhos com idosos. Os meus velhos são gente de bem, e talvez por isso eu goste tanto dos amigos com cabeça...
Oferecer gentileza
A gentileza é, no meu entender, um comportamento verdadeiramente solidário. Não implica dispêndio de tempo, nem de bens.
Susana Santos
Nesta edição fala-se de solidariedade. Temos, à...
Que temos nós a ver com isto?
Não pesou a vida da comunidade ou do país, não pesou a relação com o mundo ou com o planeta, não pesaram os valores democráticos....
Menos zés-povinhos e mais tertulianos
Não me parece que seja o perigo de exposição da intimidade que justifique esta superficialidade das relações sociais. Estou mais inclinada para o medo de...
Ler. O melhor remédio para tudo!
Quando em pequena ia, à segunda-feira, a Alcobaça fazer compras, havia um lugar que me atraía mais do que todos os outros e donde dificilmente...
O poder que temos
Acredito que o mundo é sempre só o nosso mundo, o dos outros não é igual porque não o conseguem ver desde o mesmo sítio...
“E quando de dia a lonjura dos montes Azuis atrai a minha saudade”
Quando saí pela primeira vez do abrigo da serra dos Candeeiros para entrar no Colégio, lá longe, em Leiria, percebi que nenhuma das minhas novas amigas colocava na folha de desenho um horizonte de serra, nem uma cadeia de colinas, nem o sol a nascer por entre dois outeiros simétricos.
Lá, no colégio, partilhava quarto com uma menina da Nazaré,...
Imaginem um país onde ninguém tem carro!
E se dentro de uma dúzia de anos já não tivermos carro? Se ninguém possuir um automóvel, nem tiver de pagar uma prestação, um seguro, um selo, uma portagem ou um parque nem tiver a obrigação de dispor de uma garagem para estacionar o veículo?
Conseguimos imaginar um futuro em que os carros, silenciosa e ordeiramente, obedecem apenas aos comandos...
Viver devagar
Grande parte do que fazemos, com excepção do que o instinto nos ordena ou o corpo comanda, advém de convenções sociais.
Dentro delas há leis, códigos de conduta, de valores de trabalho e de comportamento, modas, costumes e mais todas as necessidades e ambições que absorvemos ou nos impõem, ensinam, sugerem…
No primeiro ano de pandemia aprendemos a parar, quando nada,...
Seremos lobos ou formigas?
Estava aqui a pensar em palavras que expressam a nossa responsabilidade social, que é como quem diz, as nossas obrigações com as pessoas e o meio em que vivemos. Vieram-me à cabeça duas: “Porquê” e “liberdade”. Não parecem relacionadas, mas a verdade é que, na minha opinião, ambas revelam a nossa condição humana, por oposição às máquinas e aos...
Ensinar é mais difícil do que aprender
Um professor da nossa terra foi homenageado por ter chegado à final do concurso de professor do ano. “Acredito que o professor muda a vida dos alunos e saber ouvi-los compensou muito ao longo do meu percurso profissional”, disse, naquela ocasião, como citou este jornal. Não conheço o professor Nuno Duarte, mas tive a felicidade de conhecer muitos outros...
Somos o que comemos
Há poucos dias fiz 200 quilómetros para passar menos de uma hora no restaurante Serrazina, um dos melhores da nossa terra. Mal me sentei atirei-me ao que me pareceu ser um delicioso pastel de bacalhau. Era delicioso sim, mas não era de bacalhau. Tratava-se de um original pastel vegetariano, embora também saibam fazer, e bem, os de bacalhau. É...
De volta à escola
De volta à escola, em todos os sentidos.
A escola pública é, na minha opinião, uma das mais importantes estruturas para a construção de uma sociedade coesa, igualitária e justa.
Nunca, das nossas aldeias, teria saído um doutor, filho de agricultor ou de pastor ou de pedreiro, se não fosse a escolaridade obrigatória e universal que a nossa democracia edificou. Hoje,...
Autárquicas à porta
Se há momento em que somos chamados a reflectir sobre a nossa responsabilidade social e sobre a responsabilidade que delegamos naqueles que nos representam é o das eleições autárquicas.
A nossa vida está intimamente ligada ao lugar onde vivemos ou trabalhamos. E embora todos saibamos que é importante viver num planeta saudável e num país bem governado, nada nos afecta...
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