O património de uma cidade é muito mais que os seus monumentos. No caso de Alcobaça, a música, chega a sítios, move-se em direções que a imobilidade do mosteiro ou o peso da burocracia política não chega.
Assim sendo, fala ao coração das pessoas de uma maneira mais eficaz do que mil campanhas eleitorais.
Tem ainda a vantagem de, rapidamente, pôr toda a gente a sorrir, ou, pelo menos, emocionada, por isso, considerar que a cultura e o entretenimento são...
Então não será mais agradável dizer de alguém que “está bonito”, “escreveu bem” ou “teve coragem” do que comentar “não gosto dele” “é um canalha” ou “é arrogante”, já para não falar de outros vitupérios que, de tão tóxicos, dizem mais de quem os profere do que do seu alvo?
Susana Santos
Porque será que é mais comum assistirmos a grandes críticas do que a grandes elogios? Seja nas redes sociais, onde livremente se comentam a vida, as opiniões e...
Esta famosa frase de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, proferida pelo Príncipe de Falconeri, no romance “O Leopardo”, bem poderia aplicar-se ao que está a acontecer...
Li um artigo fenomenal no Imagens de Marca, de José Borralho, Chairman & Inspiration Officer Consumer Choice. Conteúdo pertinente apropriado à vertigem digital. A reflexão...
Quando recebi o convite para escrever uma coluna este jornal, não hesitei em escolher o nome: Passadeira.Sendo uma cidade pequena, com um trânsito que em...
Dados os diversos desafios que cada um de nós enfrenta na sua própria realidade, como nos podemos preparar para o futuro quando este é incerto?
Diria...
Em 2020, 52% dos que trabalhavam em Portugal (mais de 2 milhões e 100 mil) traziam para casa menos de 900 euros líquidos. Só 1,9% ganhavam mais de 2500 euros por mês. Portugal tem 47% de pobres antes das transferências sociais.
Ou seja, quase metade da população depende de formas assistencialistas para sobreviver! Um milhão de pensionistas recebe menos de...
Se a alimentação é determinante para uma boa saúde e se a produção alimentar é a atividade que mais influencia a saúde do planeta, por que ainda teimamos em lhes prestar tão pouca importância no nosso dia a dia? Quando falamos em sustentabilidade pela saúde da humanidade e do planeta significa que devemos colocar em marcha boas práticas nos...
Há dias, vi um documentário interessante, “O lado negro das energias verdes”. Penso que todos o deveriam ver; não para concordar ou discordar, mas para se pensar sobre narrativas que se vão construindo e que nós vamos consumindo, de um modo mais ou menos acrítico. Se o começarem a ver, vejam-no até ao fim; caso contrário, vão achar que...
Muitas das grandes cidades do mundo foram construídas à “beira-rio”: Nova Iorque-Hudson; Moscovo-Moscou; Paris- Sena; Londres-Tamisa. Em Portugal, Lisboa-Tejo e Porto-Douro. Não é necessário um curso superior de engenharia para certificar estas escolhas: os rios permitiam a livre circulação de pessoas, bens e serviços e, em alturas menos cosmopolitas, a subsistência através da pesca e da agricultura. Peguemos então...
E se dentro de uma dúzia de anos já não tivermos carro? Se ninguém possuir um automóvel, nem tiver de pagar uma prestação, um seguro, um selo, uma portagem ou um parque nem tiver a obrigação de dispor de uma garagem para estacionar o veículo?
Conseguimos imaginar um futuro em que os carros, silenciosa e ordeiramente, obedecem apenas aos comandos...
A chegada do outono traz uma simbologia cheia de significados. Se estivermos atentos, compreenderemos que esta época representa a fase do desprendimento. Aprendemos na escola que o outono caracteriza-se, principalmente, pela queda de frutos e folhas. Os primeiros amadurecem, enquanto as segundas, já sem vida, desprendem-se dos galhos para dar lugar à renovada vida primaveril que está por vir....
As rosas declinam-se de vários modos: ou são sem porquê, como em Angelus Silesius (“A rosa é sem porquê; floresce porque floresce (...)”), ou como diz Getrude Stein, “Uma rosa é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa”, ou se declina de mil e uma maneiras.
Quero deixar de lado estes sentidos e falar nas “Rosas de Cabul”. O...
Eu não nasci em Alcobaça. Nem eu, e ao que sei, nem a maior parte dos meus amigos e familiares aqui em Alcobaça. Salvo raras exceções, a maior parte da “minha geração”, que tem laços profundos com Alcobaça, teve de ir nascer à Nazaré, à Marinha Grande, a Leiria, às Caldas. Parecendo que não, isto diz muita coisa desta...