Quando recebi o convite para escrever uma coluna este jornal, não hesitei em escolher o nome: Passadeira.Sendo uma cidade pequena, com um trânsito que em nada se compara ao das cidades maiores, reparei que um dos grandes desafios quotidianos de um morador de Alcobaça é passar, em segurança, numa passadeira.
Já vi isto a acontecer, a mim e aos outros, mais vezes do que seria civilizado:Um autocarro do expresso, a caminho da rodoviária, ia-me arrancando o nariz na passadeira em...
Dados os diversos desafios que cada um de nós enfrenta na sua própria realidade, como nos podemos preparar para o futuro quando este é incerto?
Diria que quanto mais desenvolvermos as nossas habilidades, mais preparados estaremos, não só para lidar com qualquer situação, mas para agir sobre a mesma, transformando-a num futuro com mais certezas.
Estar preparado significa também estar pronto para enfrentar adversidades sem que estas afetem a nossa qualidade de vida. O futuro pertence aos que se preparam...
Estive presente no lançamento do programa do multiusos de Alcobaça: Panorama. Fi-lo enquanto amigo e colega do Nuno Gonçalves (The Gift), mas também como cidadão...
Creio que sempre acreditei, com pequenas variações, nas mesmas causas que agora defendo. Sempre acreditei na propriedade privada, mas com reservas.
Gaspar Vaz
Já várias vezes convoquei...
É o nome do livro do famoso escritor norte-americano Bret Easton Ellis, responsável por romances de ficção como O Psicopata Americano (1991) ou Glamorama (1998)....
Quando saí pela primeira vez do abrigo da serra dos Candeeiros para entrar no Colégio, lá longe, em Leiria, percebi que nenhuma das minhas novas amigas colocava na folha de desenho um horizonte de serra, nem uma cadeia de colinas, nem o sol a nascer por entre dois outeiros simétricos.
Lá, no colégio, partilhava quarto com uma menina da Nazaré,...
Em 2020, 52% dos que trabalhavam em Portugal (mais de 2 milhões e 100 mil) traziam para casa menos de 900 euros líquidos. Só 1,9% ganhavam mais de 2500 euros por mês. Portugal tem 47% de pobres antes das transferências sociais.
Ou seja, quase metade da população depende de formas assistencialistas para sobreviver! Um milhão de pensionistas recebe menos de...
Se a alimentação é determinante para uma boa saúde e se a produção alimentar é a atividade que mais influencia a saúde do planeta, por que ainda teimamos em lhes prestar tão pouca importância no nosso dia a dia? Quando falamos em sustentabilidade pela saúde da humanidade e do planeta significa que devemos colocar em marcha boas práticas nos...
Há dias, vi um documentário interessante, “O lado negro das energias verdes”. Penso que todos o deveriam ver; não para concordar ou discordar, mas para se pensar sobre narrativas que se vão construindo e que nós vamos consumindo, de um modo mais ou menos acrítico. Se o começarem a ver, vejam-no até ao fim; caso contrário, vão achar que...
Muitas das grandes cidades do mundo foram construídas à “beira-rio”: Nova Iorque-Hudson; Moscovo-Moscou; Paris- Sena; Londres-Tamisa. Em Portugal, Lisboa-Tejo e Porto-Douro. Não é necessário um curso superior de engenharia para certificar estas escolhas: os rios permitiam a livre circulação de pessoas, bens e serviços e, em alturas menos cosmopolitas, a subsistência através da pesca e da agricultura. Peguemos então...
E se dentro de uma dúzia de anos já não tivermos carro? Se ninguém possuir um automóvel, nem tiver de pagar uma prestação, um seguro, um selo, uma portagem ou um parque nem tiver a obrigação de dispor de uma garagem para estacionar o veículo?
Conseguimos imaginar um futuro em que os carros, silenciosa e ordeiramente, obedecem apenas aos comandos...
A chegada do outono traz uma simbologia cheia de significados. Se estivermos atentos, compreenderemos que esta época representa a fase do desprendimento. Aprendemos na escola que o outono caracteriza-se, principalmente, pela queda de frutos e folhas. Os primeiros amadurecem, enquanto as segundas, já sem vida, desprendem-se dos galhos para dar lugar à renovada vida primaveril que está por vir....
As rosas declinam-se de vários modos: ou são sem porquê, como em Angelus Silesius (“A rosa é sem porquê; floresce porque floresce (...)”), ou como diz Getrude Stein, “Uma rosa é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa”, ou se declina de mil e uma maneiras.
Quero deixar de lado estes sentidos e falar nas “Rosas de Cabul”. O...